quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Refúgio

Corri pro banheiro.
Sentei, chorei e fiz meu drama.
Mas acontece que vocês não entedem
como eu me sinto quando a vida decepciona.
Contei pras pessoas, me revelei.
O crime não saiu perfeito,
Afinal eu mesma me entreguei.
Mas me senti sufocada, o silêncio me pegou e as lagrimas quiseram sair.
Busquei meu refúgio, tentei me equilibrar pra não desabar ou sucumbir.
A noite acalenta, as lágrimas secam e eu ainda estou por aqui.
Por que você não vem menino, me fazer sorrir?
O banheiro é refúgio, mas você é chá quente de camomila.
 O banheiro é refúgio, mas você é a minha sina.


segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Receber cartinhas por baixo da porta com meu nome e um desenho.
Sentirei falta disso quando as minhas crianças crescerem.

sábado, 21 de fevereiro de 2015

A vontade

Um dia na quarta série uma professora deu um livro chamado A bolsa amarela (de Lygia Bojunga Teles) e falava sobre uma garota que tinha umas vontades que desatavam a crescer e ela sempre vivia correndo o risco dos adultos verem. E é claro que eles não iam entender.

Eu acordei com uma vontade de ser outro bicho. O homo sapiens sapiens não tá fazendo meu estilo. Muito sem graça. Muito preocupado com coisas sem sentido, muito complicado. Andei querendo ser uma borboleta daquelas bem bonitas e não me importaria de ser lagarta antes pra chegar a isso. Ou talvez um tubarão que é forte e bravo e ninguém tira farinha com ele. Ou até uma minhoca, que vive em baixo da terra, e assim ninguém poderia ver os micos que eu pago por ai. E também ninguém nunca me veria chorar.

Só sei que a vontade cresceu, então vim escrever pra ver se ela diminui num tamanho que só fique dentro de mim quietinha guardada.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Mel de Abelha

Entrei no site do barulho de chuva.
Coloquei uma música, e me enterrei um pouco mais para baixo das cobertas.
Me pergunto, quando é que vou parar de ser assim e me deixo no vácuo.
Queria levantar pegar alguma coisa pra comer, queria ter companhia na cama.

Ontem fui ao cinema com as amigas,
tava chovendo, perdemos o último ônibus e um pouco da dignidade.
Eu só pensava como não consigo fazer nada na vida,
sem parecer protagonista daquele filme de comédia romântica (sem o romance).

Ouvi Charlie Brown e lembrei de 2008 e depois de 2010
e depois me senti sozinha e agora quero mandar um SMS dizendo:
"Vem dormir comigo essa noite, coloquei som de chuva pra ficar mais gostoso."
Concordo com o que Cazuza dizia: O seu amor é uma mentira que a minha vaidade quer.

Queria além de uma coisa pra comer, tomar uma bebida quente.
Esquentar a boca, o corpo e o coração.
Ah claro, precisava desfazer a mala da viagem de duas semanas atrás, mas ainda não deu.

Resolvi mudar o jeito do blog, porque o jeito melisa já mudou faz tempo.
O nome Melisa significa Mel de Abelha.
Mel, doce, melosa, melisa.

Vou deixar pra procurar o significado da vida amanhã, porque a madrugada chegou e eu não me responsabilizo por eventuais danos.


Então tchau.
(espero que se acostumem com o novo jeitinho)