terça-feira, 20 de outubro de 2015

Probabilidades

As chances não eram grandes.
Como disse Clarice, se não desse errado não seria eu.
Mas a vida é cheia de surpresas.
E assim de repente o jogo virou.
Você é saúde.
Você é minha saúde.
Eu gosto do teu jeito e gosto do meu jeito perto de você.
A verdade é uma só: te tirei na loteria moço.

Desabrochar

Nos meus pensamentos mais filosóficos da vida eu sempre fiquei pensando ou pelo menos me perguntando, o que seria natural do ser humano e o que não. A palavra natural (natureza) me deixa um pouco nervosa considerando os radicalismos e insanidades que podem surgir ao se afirmar que alguma coisa é natural. Mas nesse momento da minha vida comecei a pensar que um dos movimentos naturais do ser humano talvez seja amadurecer. Seja enquanto espécie, nos desenvolvimentos das fases da vida e do corpo ou e principalmente, enquanto seres subjetivos.
Acho tão, tão bonito notar a pequena revolução que um "mudar de opinião" carrega. Realmente eu acho muito legal quando escuto a frase "acho que eu não penso mais como antes".
Mudar, significa que você resignificou. Um dia você olhou para aquela coisa do jeito que costumava olhar e simplesmente não fez mais sentido com a pessoa que se tornou. E então você olha de um outro jeito. Esse caminhar amadurecido, caminhar mutável que o ser humano pode trilhar é uma coisa magnífica.
Então, quando você presta o mínimo de atenção nas suas pequenas revoluções pessoais, você tem a oportunidade de saber um poquinho mais sobre voce.

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Não somos amigas e rivais

  Era semana de feriado e enfim consegui me organizar para reencontrar as amigas. Em uma dessas conversas com as meninas, entre comes e bebes, acabamos falando sobre amizades entre mulheres que acabam ou se estremecem por algum tipo de rivalidade. Acho importante falar sobre esse assunto, porque não é uma coisa que acontece pouco por aí. Longe de mim querer ditar como as relações das pessoas devem ser, principalmente porque o ser humano tem isso de bonito, conseguir produzir várias versões de si mesmo e se relacionar com pessoas que também produzem várias versões de si mesmo, formando um infinito de tipos de encontros entre pessoas. Mas acontece que as garotas muitas vezes aprenderam que devem ser inimigas umas das outras, ou que estão concorrendo entre si para o prêmio de menina mais legal, mais bonita, mais mais de todas.
  Não consigo ver as coisas assim nem por um segundo. Não estamos concorrendo a nada, não somos inimigas, temos tanto para ser empáticas umas com as outras, temos tantos motivos para entender as problemáticas que se seguem na vida de uma mulher. Se eu tenho uma amiga que é auto confiante, que gosta de si e se orgulha disso então provavelmente ela pode me ajudar com minhas inseguranças, amizades são para isso. De maneira nenhuma vou apontar uma arma pra ela, ou ferrar com ela por ser tudo que eu não sou.
   Acho todas as meninas que tenho o prazer de ser amiga, lindas e quero que cada uma conquiste um pedaço desse mundão sendo o melhor que puder. Quero competir só comigo mesma e saber que se por algum motivo me sentir mal em relação a qualquer coisa que seja, tenho amigas que são realmente amigas para me ajudar.

domingo, 27 de setembro de 2015

Um recipiente de desejos

Mas o que tanto você espera dessa vida moça?

Eu quero poder ver o mundo melhorar com as décadas, eu quero ganhar dinheiro com aquilo que eu sei fazer e que faz com que eu tenha orgulho de mim, eu quero conhecer o Brasil todinho e depois a América do Sul e depois a famosa Europa e todos os lugares inóspitos e vivos. Eu quero paisagens que façam a alma sorrir. Quero um amor saudável, que seja sol, lua e todos os astros que admiro personificados numa pessoa, quero fazer de um coração morada. Desejo ser família para todos que eu encontrar. Espero poder achar uma mina de ouro em cada detalhe simples e não idiotecer com coisas grandiosas que por ventura cheguem até mim, espero muito amadurecer com os anos. Nossa moço acho que desejo e espero um tanto de coisa que eu nem mesmo sei ainda.

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Mi Fa(z) Sol

Faz tempo que eu andava assim, com jeito de gata manhosa querendo carinho. Abria lugar na rede.
Te chamava pra dançar.
Separava até os beijos mais macios.
Mas mesmo assim o menino não tava entendendo que eu queria ser sol.
Então deixei ele me olhar direito, mas não olhadelas rápidas como trens bala circundando trilhos, olhar de coruja, que analisa, enxerga, questiona e ama.
E tudo ficou silêncio.
Em um instante você reconheceu meus caprichos e refletiu incertezas.
Então com um sorriso, que com certeza não era dos mais bonitos, eu disse pro menino que era importante ele saber que eu não fujo da raia, que eu durmo com ele na cama, no jardim ou na praia se ele também for capaz de ser sol.

terça-feira, 8 de setembro de 2015

Chuviscos

Os campos cheio de silêncio e paz me aproximam de mim mesma.
Você sabe o que quero dizer quando não digo nada e isso me poupa tanto.
Venho tentando nesses últimos meses traduzir o que é essa coisa que eu sinto e que me faz parecer alheia ás vezes. Como podem ver, ainda não tive sucesso.
A chuva me dá vontade de ficar quietinha mas também dá vontade de um abraço no meio da noite.
As coisas se quebram o tempo todo no mundo e a maior tristeza que um adulto pode aprender é que não se pode consertar tudo. E essa sensação de ter cuidado com os cacos de vidro pela casa não passa mesmo que você já tenha limpado tudo.

sexta-feira, 17 de julho de 2015

A lua também pode ser cheia no teu céu

Fecho os olhos e imagino cenas, casas de pedra com grandes varandas, um cachorro na garagem e horta no quintal. O cara do altar disse que todo mundo pode ser feliz, vejo seu rosto por um instante antes de acordar. O tempo, intocável que só, passou feito ventania e deixou um rastro de saudade e amor. Eu não fiquei chateada, porque o meu amor foi sempre tão bonito que nunca foi egoísta, apesar dos hábitos. Quando a gente acorda de um sonho fica meio sem saber por um instante se acordou mesmo, e nesse tempo curtinho eu escrevi uma carta cheia de desejos. Desejei compatibilidade, calma e muitos sorrisos, entre outros detalhes secretos, por fim disse que gostaria que a lua pudesse voltar a ser cheia para você. A vida não pode ser todo o tempo minguante, tudo faz parte de um ciclo, e fico feliz que você chegou na fase em que tudo pode ser completo. Ao caminhar em busca de uma bebida, percebi que sempre serei assim, lindamente mágica e inconstante e que a lua cheia também chegou para mim.


sexta-feira, 3 de julho de 2015

Saudade

Se eu tivesse coragem de fazer uma tatuagem como o maior ato espontâneo que eu poderia decidir ter, escreveria na costela a palavra saudade. Bom, não é que eu tenha saudade de nenhuma coisa em específico e sim de muitas coisas de maneira geral. Sempre achei muito poético o fato da palavra saudade não ganhar a mesma semântica em outros idiomas (pelo menos não no seu exato significado).
No meu coração faço coletânea de saudades, algumas recentes como o fim de tarde do domingo que passei lendo livro na cama da minha mãe com raios de sol tilintando no meu rosto, ou outras mais distantes como o gosto de leite em pó misturado com café que eu comia quando era criança.
Saudade é amor que marcou presença, o momento silencioso que tudo fez sentido e que você será capaz de sentir de novo toda vez que acessar a memória.
E é exatamente por poder reviver isso apenas de maneira mental, que a saudade também trás consigo ares de melancolia e então é necessário sabedoria para entender a momentaneidade da vida e ter uma saudade bem sentida.




quarta-feira, 3 de junho de 2015

You Be The Anchor That Keeps My Feet On The Ground, I'll Be The Wings That Keep Your Heart In The Clouds

As asas que eu costurei em você, te levaram para um ponto mais alto
e eu nunca disse como você construiu raízes abaixo dos meus pés.
Sempre fomos como peças de dois quebra cabeças misturados.
Você sempre estava um passo a frente,
mas eu sempre estive disposta o lutar pelos seus sonhos.
E querido, eu me senti tão culpada por me apaixonar por outro.
Eu me senti tão culpada por não ter impedido o seu voo, você estava esvaziando os pulmões enquanto eu sonhava com jardins e flores. E as lágrimas que eu derramei no oceano, não o tornaram mais completo. Eu queria que você soubesse que não tem problema se você usou suas asas para ser feliz em outro lugar, eu só queria poder ter certeza disso.

(eu não deveria me sentir culpada por não ter conseguido te ajudar, mas é assim que eu me sinto e isso dói. Você foi a âncora que me segurou e eu espero que ainda esteja com as asas que eu te dei)


domingo, 24 de maio de 2015

Um fato que eu gosto sobre os Astros é que não importa o que aconteça na vida de cada pessoa aqui na Terra, eles ainda estarão lá amanhã e depois e depois. Tentar achar um fio de conexão entre coisas finitas e infinitas é um passatempo do qual não tenho me orgulhado. Mas tem alguma coisa em mim que me faz pensar nessas coisas, e em outras.
Como toda garota metafísica, eu penso muito nos encontros que rolam na vida e seus propósitos, acabo criando histórias fictícias que se perdem da protagonista e chegam em um grande labirinto de incertezas. Será que todo jovem se perde um pouco antes de se achar?
As vezes tudo parece meio perdido, causas perdidas, vidas perdidas, amores perdidos.
 

quinta-feira, 23 de abril de 2015

Orbitadores do meu Espaço

Espaço.
Uma palavra muito importante no meu vocabulário.
Espaço físico.
Espaço emocional.
Espaço.
É muito importante pra mim que as pessoas próximas entendam a minha necessidade.
Não é indiferença, não é desinteresse, não é inimizade, é ter seu próprio tempo.

Não sei se é muito visível, mas tenho muita dificuldade em falar sobre meus sentimentos e emoções.
(exatamente por isso que me expresso em palavras escritas)
Eu entendo sobre sentimentos e emoções, dou conselhos sobre eles, estudo o assunto, estudo profissionalmente o assunto. Mas quando se trata de me expressar de uma maneira que não seja superficial, é muito complicado pra mim. Esse sentimento infeliz de que ninguém será capaz de me entender e de que só eu sei o que sinto e não adiantaria dar explicações já que seria uma informação errada e contaminada insiste em martelar na minha cabeça toda vez que começo a me explicar como eu me sinto. Porque na verdade acho que os sentimentos e emoções são sinceros no instante em que se sente, depois disso só serão possíveis cópias mal feitas. Mas toda essa falta de tato comigo me faz desconfortável as vezes, pelo menos até que a pessoa com que me relaciono entenda que agir assim faz parte de mim, e que preciso muito, desesperadamente de espaço e aceitação para poder Ser.



quarta-feira, 22 de abril de 2015

Favoritos

Documentários:
Blackfish
Love, Marylin

Séries:
Arrow
Revenge
Doctor Who

Livros:
Auto Sentimento - Norberto R. Keppe
Freud, Me segura nessa! Laura Conrado

Músicas:
Reggae
Axé

Comidas (e bebidas):
Queijo
Orégano
Camafeu
Suco de Cajú

Aleatórios:
Roxo
Vermelho
Borboletas
Passáros
Penas
Buda
Bolsas em couro marrom
Roupas pretas
Chinelos de dedo
Potes espalhados no quarto






Para espantar a dor

Alegria

Paz

Amor

Luz

Energias que fluam

Música
 

Dança

Cristo

Um cheiro dos amigos

Aprender 

quarta-feira, 1 de abril de 2015

quinta-feira, 19 de março de 2015

AGENDA

Comprei uma agenda pela internet.
Ela ainda não chegou, e tenho motivos para ficar nervosa sem uma agenda.
Bem, eu não me considero o tipo de pessoa organizada, na verdade as outras pessoas é que não me consideram. Mas ás vezes posso ser bastante meticulosa com meus projetos, planos e qualquer coisa que eu ache que PRECISO anotar.
Sabe quando aparece alguma citação interessante?
Ou quando seu professor no meio de uma infindável explicação sobre a matéria, acaba por sugerir um filme com um título sensacional?
Ou quando faz 365 dias que alguma coisa muito legal, ou muito ruim aconteceu...
Bem eu acho mesmo que preciso anotar esse tipo de coisa, além de milhões de listas. Gosto de fazer isso manualmente, tentei ser tecnológica e passar para listas no celular/computador, mas sabe, isso acaba com a minha magia.
Então esse ano, logo quando acabou a agenda de "2014" (não uso agendas seguindo os anos - nem os dias) resolvi comprar uma do tipo fichário, que eu possa somente trocar as folhas depois.
Pra mim essa aquisição não é algo comum, é algo especial, faz parte das minhas coisas.
Porque afinal todo mundo tem suas coisas, objetos ou relações que você e somente você atribuiu um significado único e que podem parecer bobagens aos outros olhos, mas não pra você.
Minha agenda não chega logo, e tô ficando ansiosa.
Todos os dias pergunto pra minha mãe:
- Mãaaaae chegou alguma pra mim dos correios?

E por enquanto não teve resposta positiva.
Estou me sentindo muito sem rumo marcando as coisas no meio do meu caderno da faculdade, ou em folhas soltas.
Quando minha agenda chegar, só digo uma coisa, vou ficar muito maravilhada.


terça-feira, 10 de março de 2015

Kalimba

Meu coração ele é assim.
Chega e faz morada em qualquer lugar. Ama as paisagens, as pessoas, os sons e quando vê já se apegou e não quer mais saber de ir embora.
Meu corpo não concorda muito com esse ninho que meu coração quer criar, mas ele é insistente e até chora se o corpo pede pra desapegar.
A kalimba tocou e a moça sabia que o que era dela não ia embora.
O corpo suspirou, também gostava de kalimba e disse então:
- Tá gostoso coração, tá?

segunda-feira, 9 de março de 2015

Beijei o sapo mas ele não virou principe.
Acho que o feitiço não estava nele mas em mim que quero continuar beijando o sapo mesmo sendo sapo.

domingo, 8 de março de 2015

8 de Março

Se tem uma coisa que eu nunca tive vontade mesmo com tudo e por tudo, foi de ser homem.


quinta-feira, 5 de março de 2015

Crise

Cheia de solavancos e algumas derrapadas.
Não sei se vou ou se fico, mas não acho que deva fica onde não sou feliz.
Minha mãe sempre diz que vivo no mundo de Alice.
-Saia do país das maravilhas, filha.
Mas vou dizer-lhes o que eu quero:
Ser feliz comigo, ser feliz com o eu produzo. Ser feliz com a vida, com o mundo pode ser que eu nunca consiga, mas ainda assim quero ser feliz com o que eu estou fazendo, porque do contrário, não vejo propósito.
Ainda bem, que as crises passam.

 

segunda-feira, 2 de março de 2015

Derivadas

Tentei mudar, voltar e achar o tom.
Mas só você tem o dom
de me fazer relaxar,
que nem onda no mar.
Preciso parar de querer te encontrar no meu espelho.
Preciso aceitar que eu gosto dos teus olhos vermelhos.
Mas é difícil assumir pra mim,
o interesse por uma derivada diferente assim.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Refúgio

Corri pro banheiro.
Sentei, chorei e fiz meu drama.
Mas acontece que vocês não entedem
como eu me sinto quando a vida decepciona.
Contei pras pessoas, me revelei.
O crime não saiu perfeito,
Afinal eu mesma me entreguei.
Mas me senti sufocada, o silêncio me pegou e as lagrimas quiseram sair.
Busquei meu refúgio, tentei me equilibrar pra não desabar ou sucumbir.
A noite acalenta, as lágrimas secam e eu ainda estou por aqui.
Por que você não vem menino, me fazer sorrir?
O banheiro é refúgio, mas você é chá quente de camomila.
 O banheiro é refúgio, mas você é a minha sina.


segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Receber cartinhas por baixo da porta com meu nome e um desenho.
Sentirei falta disso quando as minhas crianças crescerem.

sábado, 21 de fevereiro de 2015

A vontade

Um dia na quarta série uma professora deu um livro chamado A bolsa amarela (de Lygia Bojunga Teles) e falava sobre uma garota que tinha umas vontades que desatavam a crescer e ela sempre vivia correndo o risco dos adultos verem. E é claro que eles não iam entender.

Eu acordei com uma vontade de ser outro bicho. O homo sapiens sapiens não tá fazendo meu estilo. Muito sem graça. Muito preocupado com coisas sem sentido, muito complicado. Andei querendo ser uma borboleta daquelas bem bonitas e não me importaria de ser lagarta antes pra chegar a isso. Ou talvez um tubarão que é forte e bravo e ninguém tira farinha com ele. Ou até uma minhoca, que vive em baixo da terra, e assim ninguém poderia ver os micos que eu pago por ai. E também ninguém nunca me veria chorar.

Só sei que a vontade cresceu, então vim escrever pra ver se ela diminui num tamanho que só fique dentro de mim quietinha guardada.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Mel de Abelha

Entrei no site do barulho de chuva.
Coloquei uma música, e me enterrei um pouco mais para baixo das cobertas.
Me pergunto, quando é que vou parar de ser assim e me deixo no vácuo.
Queria levantar pegar alguma coisa pra comer, queria ter companhia na cama.

Ontem fui ao cinema com as amigas,
tava chovendo, perdemos o último ônibus e um pouco da dignidade.
Eu só pensava como não consigo fazer nada na vida,
sem parecer protagonista daquele filme de comédia romântica (sem o romance).

Ouvi Charlie Brown e lembrei de 2008 e depois de 2010
e depois me senti sozinha e agora quero mandar um SMS dizendo:
"Vem dormir comigo essa noite, coloquei som de chuva pra ficar mais gostoso."
Concordo com o que Cazuza dizia: O seu amor é uma mentira que a minha vaidade quer.

Queria além de uma coisa pra comer, tomar uma bebida quente.
Esquentar a boca, o corpo e o coração.
Ah claro, precisava desfazer a mala da viagem de duas semanas atrás, mas ainda não deu.

Resolvi mudar o jeito do blog, porque o jeito melisa já mudou faz tempo.
O nome Melisa significa Mel de Abelha.
Mel, doce, melosa, melisa.

Vou deixar pra procurar o significado da vida amanhã, porque a madrugada chegou e eu não me responsabilizo por eventuais danos.


Então tchau.
(espero que se acostumem com o novo jeitinho)

sábado, 24 de janeiro de 2015

Aviso ao salafrário

Meu bem.
Só queria dizer que estou com muita raiva e que se eu te encontrasse agora ia te dar todos os socos que a minha forma física permitisse.
(mesmo que não fossem muitos, acredite, seriam bem dados)

Meu bem.
Queria dizer que quero tudo de volta.
Quero meu abraço, meu sorriso, meu olhar que só você tinha, meu poema, meu universo que você roubou.

Meu bem.
Saiba que eu não te perdoei, e entre tantas qualidades você vai descobrir que perdoar não faz meu gênero.
Descobrirá também mais uma coisa: vai ter volta.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

7 dias

Nas segundas eu tenho vontade de te abraçar.
Nas terças penso nas suas piadas e bebo mais uma xícara de café (forte com açúcar).

Nas quartas eu excluo tudo que é seu, mas não adianta pois sei tudo de cor.
Na quinta visto sua camisa pra dormir.

Nas sextas quero dizer no teu ouvido que nunca vi pessoa mais ridícula na vida.
Nos sábados vou atrás de você, te beijo, te mordo, te viro e reviro e digo que sou sua.
Nos domingos te escrevo uma carta e não envio, te chamo pra sair e não vou, repito seu nome baixinho porque ele fica mais bonito na minha boca.
E nas segundas.


sábado, 3 de janeiro de 2015

Os 5 lugares

Cite cinco lugares

Meu quarto.
O banco alto do ônibus.
A balança da casa velha.
O álbum de fotos dos lugares que eu ainda não fui.
Tudo que envolve você.

Esses são meus cinco lugares e o seus?