domingo, 27 de setembro de 2015

Um recipiente de desejos

Mas o que tanto você espera dessa vida moça?

Eu quero poder ver o mundo melhorar com as décadas, eu quero ganhar dinheiro com aquilo que eu sei fazer e que faz com que eu tenha orgulho de mim, eu quero conhecer o Brasil todinho e depois a América do Sul e depois a famosa Europa e todos os lugares inóspitos e vivos. Eu quero paisagens que façam a alma sorrir. Quero um amor saudável, que seja sol, lua e todos os astros que admiro personificados numa pessoa, quero fazer de um coração morada. Desejo ser família para todos que eu encontrar. Espero poder achar uma mina de ouro em cada detalhe simples e não idiotecer com coisas grandiosas que por ventura cheguem até mim, espero muito amadurecer com os anos. Nossa moço acho que desejo e espero um tanto de coisa que eu nem mesmo sei ainda.

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Mi Fa(z) Sol

Faz tempo que eu andava assim, com jeito de gata manhosa querendo carinho. Abria lugar na rede.
Te chamava pra dançar.
Separava até os beijos mais macios.
Mas mesmo assim o menino não tava entendendo que eu queria ser sol.
Então deixei ele me olhar direito, mas não olhadelas rápidas como trens bala circundando trilhos, olhar de coruja, que analisa, enxerga, questiona e ama.
E tudo ficou silêncio.
Em um instante você reconheceu meus caprichos e refletiu incertezas.
Então com um sorriso, que com certeza não era dos mais bonitos, eu disse pro menino que era importante ele saber que eu não fujo da raia, que eu durmo com ele na cama, no jardim ou na praia se ele também for capaz de ser sol.

terça-feira, 8 de setembro de 2015

Chuviscos

Os campos cheio de silêncio e paz me aproximam de mim mesma.
Você sabe o que quero dizer quando não digo nada e isso me poupa tanto.
Venho tentando nesses últimos meses traduzir o que é essa coisa que eu sinto e que me faz parecer alheia ás vezes. Como podem ver, ainda não tive sucesso.
A chuva me dá vontade de ficar quietinha mas também dá vontade de um abraço no meio da noite.
As coisas se quebram o tempo todo no mundo e a maior tristeza que um adulto pode aprender é que não se pode consertar tudo. E essa sensação de ter cuidado com os cacos de vidro pela casa não passa mesmo que você já tenha limpado tudo.