quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Um príncipe e uma raposa

''Assim o pequeno príncipe cativou a raposa. Mas quando chegou a hora da partida, a raposa disse:
- Ah! Eu vou chorar.
- A culpa é tua - disse o principezinho . - Eu não queria te fazer mal; mas tu quiseste que eu te cativasse ...
- Quis - disse a raposa
- Mas tu vais chorar! - disse ele.
- Vou - disse a raposa.
- Então, não terás ganho nada!
- Terei sim - disse a raposa - por causa da cor do trigo.
Depois ela acrescentou:
- Vai rever as rosas. Assim, compreenderás que a tua é única no mundo. Tu voltarás para me dizer adeus, e eu te presentearei com um segredo [..]

E voltou, então, à raposa:
- Adeus ... - disse ele.
- Adeus - disse a raposa. - Eis o meu segredo. É muito simples: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos.
- O essencial é invisível aos olhos - repetiu o principezinho, para não se esquecer.
- Foi o tempo que perdeste com tua rosa que a fez tão importante.
- Foi o tempo que eu perdi com a minha rosa ... - repetiu ele, para não se esquecer.
- Os homens esqueceram essa verdade - disse ainda a raposa. - Mas tu não a deves esquecer. Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas. Tu és responsável pela tua rosa ...
- Eu sou responsável pela minha rosa ... - repetiu o principezinho, para não se esquecer.''

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